Em 1999, ao lado da estátua de José Martí, no Capitólio,Havana,Cuba
Thursday, June 12, 2008
Se falas por ignorância eu te perdôo.
Mas se queres abusar da minha alta prosopopéia,
Dar-te-ei um murro no alto de sua sinagoga,
Deixar-te-ei mais baixo que o solo pátrio,
E depois passarei por cima do seu corpo inerte
que os ignorantes chamam de defunto,
Mas que o nome científico é cadáver.
Anônimo? Augusto dos Anjos?
SONETO
À minha tese
junho de 2008.
Assíduo pensamento que se apodera,
Do raiar ao raiar do dia,
Segundo a segundo, o tempo todo,
Numa escala crescente de agonia.
Eis que se rompe em desespero amargo,
Trazendo a angústia do fundo d’alma
Desde sua morfogênese faz-se presente,
Atormentando com suas bandarilhas.
Pensamentos agrupam-se em palavras,
E apontam para uma lógica brilhante.
Que se dissolve no momento subseqüente,
Dando a impressão do nada, do vazio...
Nessa trama contínua, de fazer e desfazer
Numa alternância de gozo e de dor,
É que a profusão de idéias e práticas
Forja uma criatura, de início, amorfa.
Ah! Possa eu dormir exausto,
Com a sensação do dever cumprido,
E a visão de uma paisagem apoteótica,
De Mestres aplaudindo o fim do último ato.
Maciel Machado