Sunday, June 03, 2007

Texto 08 - NEWBY, H. El desafio de la sociología rural en la actualidad. Comercio Exterior, México, v. 32, n. 4, p. 347-356
Data: 26 de abril de 2007

O autor apresenta em sua introdução as questões que ele considera relevante relacionada à crise da sociologia rural em especial durante a década de 70. Segundo alguns autores, parece que ela se encontra dominada por uma conjunção peculiar de problemas referentes ao seu objeto de estudo, sua pertinência teórica, sua responsabilidade publica e inclusive sua competência para fazer pesquisa.
Apresenta duas questões, um esforço de reflexão sobre crise da sociologia:
1) O paradoxo da recente difusão mundial da sociologia rural como uma sub-disciplina institucionalizada, e;
2) A urgente e necessária formulação de uma sociologia reflexiva. A crise provem da perda de confiança da sociologia rural anteriormente praticada.
O grande desafio é, pois, a formulação de uma nova sociologia rural. Trata-se de redefinir os velhos problemas dando-lhes formas novas. Tarefa esta que terá que exigir um conhecimento empírico muito responsável da estrutura e das relações sociais e, também, um conhecimento de certo caráter intimidante, combinado com uma teoria que explique essa estrutura e relações.
No item “As origens da crise”, o autor apresenta algumas questões que ele considera que não são excludentes, a saber:
a) Problemas de definição: Se traduz na existência de uma confusão teórica sobre o conceito de “rural”,em relação ao conceito de urbano e que a Sociologia rural Americana, oriunda dos “Land Grant Colleges”, tem uma característica positivista, indutiva, quantitativa, e aplicada. Um estilo que pode ser considerado um produto da “hegemonia paradigmática”. Dois problemas se desdobram: nenhum vínculo com a sociologia geral e carência de uma teoria aceitável da “sociedade”. Teoria que vincule o espacial com o social e incorpore a noção de continuo rural-urbano
b) Busca de uma legitimidade científica
Processo de atrelamento dos sociólogos rurais a grupos econômicos e agências fomentadoras de políticas acentuando o caráter aplicado desta ciência. Outra questão foi a busca da legitimidade científica alcançada a partir de métodos quantitativos e manejo de dados como forma de superar as dificuldades teóricas da sociologia.
Considerações Teóricas: O autor fala sobre o surgimento dos conceitos rural e urbano desvinculados do “continuum rural-urbano”. Que estes conceitos não eram variáveis explicativas, tampouco, categorias sociológicas.
O desafio atual: Considerar que os processos sociológicos que conformam uma determinada sociedade rural contemporânea, não podem ser reduzidos à categoria de “rural”, ou simplesmente de “extras rurais”, nem pode ser encarada com média de fatores.
A Teoria da Dependência: André Gunder Frank elaborou um teoria que se afastava do determinismo até então praticado na sociologia. Criou uma teoria de desenvolvimento social baseado na tese da dependência entre os diferentes fatores (fusão da teoria do desenvolvimento desigual, de Marx, e a teoria clássica), dependência no sentido de uma economia de um determinado país condicionada pelo desenvolvimento e expansão de outra economia na qual a incorpora.
A Teoria do Centro e da Periferia, que se contrapões à teoria da dependência. Dessa forma se enxerga o desenvolvimento a partir da relação espacial em vez de se considerar apenas cada um dos termos em si mesmos.
O Colonialismo Interno: considera apenas uma economia sob parâmetros marxistas vinculada ao modelo centro-periferia. Corresponde ainda a uma estrutura de relações sociais baseadas na dominação e exploração entre diferentes grupos sociais.
A Administração Rural: movimento que tratou de entender os processos de fluxo de recursos entre a cidade e o campo.
Conclusão: Uma nova sociologia rural ou uma sociologia da agricultura? Os debates apontam para uma sociologia que vinculem diretamente as preocupações teóricas da sociedade rural com as disciplinas em seu conjunto.

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