Friday, November 23, 2007

Texto 21: NAVARRO, Z. O MST e a canonização da ação coletiva (resposta a Horácio Martins Carvalho). In: SANTOS, B. de S. (Org.). Produzir para viver: os caminhos da produção não capitalista. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002. p. 263-280.

Em seu texto, alcunhado por “tréplica” (sic), o autor acusa o MST de se utilizar de uma “firmeza ideológica” e retórica de seus dirigentes para encobrir as fragilidades da “organização”. Retoma os dois diferentes tipos de estudos existentes sobre o assunto, a saber: 1) os norteados pelo “encantamento ingênuo”, com uma idealização clara do objeto de estudo e uma “positividade” a priori e valorizando o saber popular; 2) o segundo grupo, chamado de “dogmatismo passadista”, de base marxista ortodoxa, “pontificam o vigor econômico da atividade agropecuária e emprestam importância social e política a atores e classes (...) enfraquecidas”. Navegam no “pântano do marxismo vulgar”.
Lamenta o fato de Carvalho não ter explicitado sua bagagem teórica na questão agrária, se colocando estritamente como interlocutor da organização. A seguir, Navarro levanta seis questões que integram essa controvérsia: três gerais e três relacionados à “organização”, a seguir:
1) O “Projeto Estratégico”: ao colocar o socialismo como estratégia, estariam seus dirigentes sob viseiras mistificadoras na análise do mundo rural;
2) O desenvolvimento agrário e sua interpretação
3) As políticas públicas e a deslegitimação do Estado:
4) O controle social sobre os assentados
5) Alianças e relações com outras organizações
6) Por que não apostar na democracia?

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